Querido Diário Médico,
Fim de semana, casa do namorado.
Queria estar namorando...
mas lá estava eu: estudando.
Super Nintendo chamando,
a galera chamando,
a preguiça chamando...
e eu, naquele canto isolado,
estudando.
Não faço tipo neurótica,
mas o conteúdo era extenso.
E além de todo o resto,
havia um cronograma tenso...
[Havia na balança do tempo mais que um cronograma em jogo.]
Cochilo depois do almoço: remorço.
Acordar tarde: posso?
Olhar o e-mail, fuxicar blog,
assitir vídeo de moda: nada,
nada disso tento.
O relógio impiedoso badala
as horas que apontam
um resquício de tempo anunciado
pro fim do fim do tempo.
Mas, até parece
que vou dar bola pra ele:
esse tempo que se remexe, ribimboca,
e faz malabraes de 360º, pra ver se eu olho.
Eu vou continuar é dando importância
práquilo que é importante na importância.
E agora já é fácil,
porque o sentido dessas coisas todas,
já foi de antemão descoberto
olho no olho.
A palavra suspende o tempo.
A alegria estica o tempo.
Cinema, pipoca e mágica
param o ponteiro do tempo.
Vela, bolo e bola,
desdá corda no tempo...
Saber dar tempo ao tempo:
é o que há.
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