domingo, 14 de agosto de 2011

Eu VOU!!

Querido Diário Médico,

Não é o Rock in Rio, mas eu também vou! (ao menos enviei trabalhos... ser aceita são outros 500)



Só falta o mais importante: pagar...
Carla Guedes

Pedido 05231670 enviado!‏

Meu Querido Diário Médico,

Saúdes do Adulto e da Ciança chegando, eu eu aqui me preparando psicologicamente pra essa nova fase "medicinal". Acho que uma boa etapa dos meus estudos estão por chegar, e acredito que os bons frutos serão definitivos.

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Engraçado como até o nome difere... Nos antigos curriculos, e ainda no Fundão, o nome é "Medicina Interna"... como se fôssemos aprender tudo sobre o interior de algo... partes de uma engrenagem... e não um todo, uma Saúde do Adulto. Bem melhor assim, não é?!
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Fazendo parte dos preparativos, encomendei meu queridíssimo "Tratado de Pediatria", porque pretendo ir à fundo nessa disciplina. Quem sabe uma vontade de pediatriar não parteja?
Pra essa ajuda pude contar com a minha amiga Estante Virtual, que nunca me falha. Aliás, ela é uma boa amiga dos estudantes em geral. Preço justo, reciclando e ajudando o meio ambiente com os sustentáveis e charmosos Sebos, assim ela me encanta.
Encomendei os exemplares da útilma edição de Nelson (18ª, de 2009), e saiu por metade dos preços exibidos nos sites de livrarias. E ainda com frete grátis! Ê coisa boa!!
Paguei sexta, e no mesmo dia ele já seguiu de São Paulo direto para Macaé!
Rapidez melhor, impossível.
Que venha Saúde da Criança!

Que venha o Nelson!! (qual deles mesmo?!)









Um pouco mais pobre, mas feliz,
Carla Guedes

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Deprimindo-me

Querido Diário Médico,

Acho que você deve ter reparado que eu não contei ainda muitos detalhes dos muitos capítulos dA Transferência. Pois é, e eles são muitos:

A Véspera
A prova
A Espera
O Resultado
O Coordenador
A Esperança
O Desânimo.

Pois bem, estou vivendo o capítulo "O Desânimo", por isso nem me dá vontade de escrever sobre os acontecimentos ainda. Estava esperando uma finalização para poder contar, mas esse final ainda não veio, e ando entre incertezas que atravancam o meio do semestre-caminho...

Aguardando boas notícias para serem contadas,
Carla Guedes

Transferência - O Épico

Querido Diário Médico,

Fim de semana, casa do namorado.
Queria estar namorando...
mas lá estava eu: estudando.
Super Nintendo chamando,
a galera chamando,
a preguiça chamando...
e eu, naquele canto isolado,
estudando.


Não faço tipo neurótica, 
mas o conteúdo era extenso.
E além de todo o resto,
havia um cronograma tenso...


[Havia na balança do tempo mais que um cronograma em jogo.]


Cochilo depois do almoço: remorço.
Acordar tarde: posso?
Olhar o e-mail, fuxicar blog,
assitir vídeo de moda: nada,
nada disso tento.
O relógio impiedoso badala
as horas que apontam
um resquício de tempo anunciado
pro fim do fim do tempo.


Mas, até parece
que vou dar bola pra ele:
esse tempo que se remexe, ribimboca,
e faz malabraes de 360º, pra ver se eu olho.
Eu vou continuar é dando importância
práquilo que é importante na importância.
E agora já é fácil,
porque o sentido dessas coisas todas,
já foi de antemão descoberto
olho no olho.


A palavra suspende o tempo.
A alegria estica o tempo.
Cinema, pipoca e mágica
param o ponteiro do tempo.
Vela, bolo e bola,
desdá corda no tempo...


Saber dar tempo ao tempo:
é o que há.

sábado, 30 de julho de 2011

SIGA, a Saga - Parte Final

Meu Querido Diário Médico,

O SIGA prosseguiu não cooperando muito com minha tentativa estudantil de me increver em ALGUMA (que seja) disciplina.

As incrições reabriram dia 18, mas o congestionamento estava brabo... Enfim, consegui inserir as matérias (já desbloqueadas, e devidamente desimpedidas de falta de pré-requisitos) em minha grade. Mas como é tudo "com emoção" até o fim, o site caiu de vez.

Respirando, inspirando e transpirando, resolvi deixar pra conferir outra hora, e eis que me surpreendo quando horas mais tarde (madrugada caindo, meu bem) a inscrição estava ok.

Fim da saga. E seja o que Deus quiser.

PS.: Senti faltas de escrever mais à você, Querido Diário. Mas é que as emoções Médicas não pararam nessas mezzo férias. Contarei a outra saga à seguir.

"Com emoção até o fim",
Carla Guedes

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Att: Sucessos!

Querido Diário Médico,

Ontem eu estava numa missão secreta no Hortifruti (poucas pessoas realizam missões secretas no Hortifruti...). Pois bem, estava realizando minha missão secreta pacatamente quando topei, por entre laranjas e goiabas, com meu velho amigo de trabalho, o incansável Salvador.

- Oh, Carla, mas que prazer te encontrar por aqui! [dá uma banana pro Guido] Como você está?
- Oi, quanto tempo! Estou ótima, estou de férias [jura?!]
- E a faculdade? Tá gostando?
- Tô sim, 5° período já! Quase a metade. Semestre que vem já vamos estar aqui no Hospital [aponto pro sudoeste, 136º34' longitude eixo].
- Nossa, isso tudo? E tem ficado só por aqui ou tem ido pro Rio?
- Não, pro Rio só íamos no início, quando não tínhamos anatômico montado. Agora a gente só fica por aqui.
- Ah, que bom, que bom que você está gostando!
- É, é sim.
- Vou indo lá então [empurra o carrinho com o Guido. Tão grande o Guido]
- Tá, a gente se esbarra na sessão de legumes! Até! Tchau Salvador! Tchau Guido!

Dou mais uma passeada, tento me concentrar novamente na missão secreta, quando por entre tomates me surge o Dos Anjos, outro colega de trabalho:

- Fala Dos Anjos! Quanto tempo, heim?!
- oOoohoo! Tudo bem com você? Realmente, quanto tempo!
- Tudo bem sim. E lá no trabalho, tranquilinho?
- Tudo em paz. E a faculdade, tá em qual período?
- 5° já!
- Nossa, como passa rápido! [verdade, pareceu ontem eu lá no trabalho...]
- É, rapidíssimo! Vou indo lá... Um grande abraço, e prazer em revê-lo.
- Prazer, igualmente! E sucesso! Torço muito por você!

É incrível, mas essa frase sempre ecoa dentro de mim, feito uma força extra, feito uma música boa. É tão bom saber que as pessoas mandam energias positivas para o outro, tão assim sinceramente, que o sucesso já parece ali materializado, entre milhos e quiabos. O sorriso de gratidão já antecede o sucesso.
Por hora não vou muito filosofar sobre o que eu julgo como sucesso... Só queria deixar registrado o quanto as pessoas frequentemente me deixam feliz com pequenos gestos.

Mais tarde, por entre milhos e cebolas:

- Oi Salvador! Ih, olha o Guido aí de novo! [Guido tampado num litrão de água de coco]
- É, o Guido gosta de agua de coco.
- E faz bem! [faço festa no Guido]
- E aí, já sabe o que vai fazer?
- Olha, esse é o grande mistério... Já sei que quero área clínica. Pediatria ou Geriatria, talvez. Áreas extremas da vida!
- Ah, pois é, e em todo lugar tem demanda! E o legal de pediatria é acompanhar desde o parto. Ganha mais.
- Pois é, pediatria está demodé entre os residentes, e Geriatria quase ninguém se forma. Vamos ver, vamos ver...
- De qualquer forma, tá encaminhada. Beijo grande, e prazer em revê-la!
- Tchau! [patetamente quase dei um aceno de folha de couve].

É... o que fazer eu ainda não sei. Mas não me preocupo muito ainda. Tenho um norte, claro, e ao menos sei das coisas que não faria. Esse já é um ponto de partida.
Se eu estiver sendo útil à um ser humano, já estará bom! ;)

Abraços de pêssego,
Carla Guedes

quarta-feira, 13 de julho de 2011

SIGA - Pra Onde?! Parte II

Meu Querido Diário Médico,

Sempre aprendemos muito, né?! A cada dia, algo nos surpreende. Hoje tive muitos de uma só vez. Listando:

Aprendizado hum do dia: não confie no SIGA.
Aprendizado dois do dia: não ache que o SIGA se resolve sozinho.
Aprendizado três: dê graças pelo prazo de modificações concedido ao SIGA.
O quarto aprendizado só corrobora os outros três: se existe um prazo de modificações concedido ao SIGA, é porque ele é frequentemente usado.

Lembra da minha tentativa de inscrição em disciplina? Pois é, ela não valeu de nada. Recebi um e-mail falando que eu não estava inscrita em Saúde do Adulto nem Saúde da Criança. Só Iniciação Científica I salvou.
Ok, mas há ainda o sagrado tempo estendido, que reabrirá dia 18. Vamos ver o bicho que dá.

Sigo seguindo,
Carla Guedes

terça-feira, 12 de julho de 2011

Dia Sobrinha-Estudante: Punção Esternal

Querido Amigo Diário Médico,

Há tempo para estudar para a tão esperada transferência, mas também há tempo para um "pequeníssimo estágio". Entrando no clima de Saúde do Adulto, hoje fui assitir a um procedimento: Punção Esternal para Mielograma.
Fim de semana, num almoço em família, minha tia veio me relatar que as dores de cabeça que ela sentia frequentemente levaram-na a fazer dois check-ups bem detalhados. Num feito em março, a única coisa anômala foi a contagem de plaquetas, totalizando 700 x 109/L, bem maior que o padrão de 450 x 109/L. Acontece que do segundo exame, em junho, esse número subiu para 850 x 109/L. Isso é um pouquinho preocupanete, pois sabemos que um número alto de plaquetas está relacionado à riscos de formação de trombos. Além, é claro, associar ao rápido crescimento do valor em período de tempo tão curto.


Com isso, o hematologista a quem ela foi referenciada comentou dapossibilidade de Trobocitemia Essencial (TE), e que para confirmação e definição da conduta terapêutica era necessário uma coleta de material medular.Ok, isso é um passo para o pesadelo. Em épocas de House MD., quando se fala em punção medular, logo imaginamos aquela agulha imensa perfurando o ilíaco, e o paciente berrando de dor... Inclusive, em tempos de Google, ela tinha me contado que tinha lido tudo sobre a TE, e que sabia das possibilidades de colher o material: pela crista ilíaca ou pelo esterno. Nenhuma das duas me pareceu pouco dolorosa, mas com certeza a esternal devia ser menos traumática.


Um pouco de ciência e cultura:


"A TE é doença mieloproliferativa clonal originária da stem cell. Com o advento dos contadores automáticos, pacientes assintomáticos com trombocitose vêm se tornando um desafio freqüente. A trombocitose (> 450 x 109/L) ocorre em duas situações: a trombocitose reacional (TR) e a trombocitemia. A TR está relacionada ao aumento de interleucina-6, como resultado de doenças infecciosas e inflamatórias crônicas e neoplasias. Outras etiologias da TR são: anemia ferropriva, estados hemolíticos, síndromes mielodisplásicas (anemia refratária com excesso de blastos, síndrome do 5q- e esplenectomizados). A TE pode estar associada com outras doenças mieloproliferativas crônicas, como a leucemia mielóide crônica (LMC), a policitemia vera (PV) e a mielofibrose primária (MP). Na TE, os eventos trombóticos podem ocorrer em quase todo o sistema vascular, dando surgimento a uma grande variedade de alterações isquêmicas oculares, cardíacas, neurológicas e periféricas. As complicações mais freqüentes incluem isquemia digital, eritromelalgia, isquemia cérebro-vascular e coronariana, síndrome de Budd-Chiari e abortos espontâneos de repetição."


Ok, tia, quem mandou ter uma sobrinha estudante de Medicina?! hehe
É claro que me ofereci na hora para acompanhá-la. Motivos:
1) Ela estava visivelmente ansiosa (pra não dizer apreensiva). Nunca tinha tomado nenhum tipo de anestesia (só a da cadeira do dentista, que pra ela não contava. "Mas assim, numa parte do corpo?!")
2) Técnica, técnica, técnica... Em Saúde da Comunidade III era pra gente ter feito todo tipo de punção, venosa, lombar... Mas acontece que esse tipo de procedimento os professores não iam deixar que fizéssemos nos coleguinhas. Portanto, era minha primeira chance de acompanhar um "en vivo".


Sinceramente me fiz a pergunta sobre qual dos motivos me animava mais... Escrupulosidade zero. Mas com certeza fiz de tudo para mantê-la calma, e ter em mente de que acima de tudo, ela era minha Tia Querida, não uma cobaia de um ato médico.


Condutas processuais:
1) Pesquisar tudo no "Harrison Medicina Interna", e mandar mensagens pra ela contando que "para quem não tem fatores de risco cardivasculares, por vezes a terapia da TE se resume à um AAS e ver mais vezes o médico";
2) Fazer questão de chegar na hora... hehe (pra quem me conhece, isso foi uma ádua luta contra todos os fatores mundiais que conspiram aos meus atrasos);
3) Levá-la de carro, e perguntar como foi noite de sono, como foi a alimentação, se ela se sentia segura;
4) Me certificar de que eu não fazia barberagens no trânsito (isso também é difícil);
5) Ter conversas amenas na sala de espera (sobre cor da unha, depilação, sobre o tempo...) e explicar pra ela as coisas que ela tinha dúvidas: o que era megacariócito, coagulação, etc, etc.


Chamadas ao consultório e apresentada ao Dr. Glauber, fomos ao procedimento.

- Por favor, Enfermeira X., me passe a agulha 20.
- Não, Dr., só temos a 10...
"Tensão no ar"
- Ih, temos sim, achei aqui!

Depois dele bricar comigo, e dizer que por eu estar no 5º período já podia fazer o procedimento (ele nem é doido...), ele exlicou que faria uma punção esternal.

- No corpo do esterno ou na junção com o manúbrio?! (Sua Maluca!!! O que você tá perguntando?! O que tem medula é o espaço medular, claro que é o corpo!!)
- Não, vou colher no corpo... (É, no 5º período ainda tem muito o que saber).

A agulha da anestesia entrou como uma punhalada! A cara da minha tia era de terror. Lembrei das aulas de intramuscular, onde agulhas eram dardos flamejantes nos deltóides dos amiguinhos...
Passado o susto e o terror, ele começou a cutucar com a agulha punhal.
- Incomoda? Dói?
- [Minha tia com cara de "mas é claro, ô seu...] Sim, dá uma fisgadinha...

Finalmente advindo o efeito anestésico, foi a hora de encaixar outra seringa: a de aspiração.

- Agora você vai sentir uma opressão, como se estivesse puxando seu coração...

Tirando aquele líquido mais vermelho-amarronzado e a enfermeira preparado as lâminas, processo finish. Pedido de Mielograma na mão (que segundo o médico provavelmente vai ser enviado para Belo Horizonte), lá fomos nozes atrás de um laboratório. Depois de alguns recusarem, alegando que o plano não cobria esse tipo de exame, encontramos um e deixamos o material.

Dia emocinante, não é tia? Espero que você não possa passar por isso novamente.

E aprendizado médico do dia: tem que ser com força... ui!

Até a próxima,
Carla Guedes

domingo, 10 de julho de 2011

Clipezinho pra alegrar o Domingo

Querido Diário Médico,

Hoje acordei em clima de música! É dia de estudar, e pra não esquecer do que já passou e do que vem por aí, me lembrei dessa música tão bonita: Amedicina. hehe
Ela é boa de cantar, acredite!

Pra curtir:

Um ótimo domingo,
Carla Guedes

sábado, 9 de julho de 2011

Transferência, A Missão

Querido Diário Médico,

- Tô feliz no Campus Macaé!? Tô! (apesar de algumas crises, em superação...)

- Poderia ficar muito mais, aliando dois sonhos no Campus Fundão?! Sim!!!

Por isso vou fazer a prova de Transferência de Campus. Simples assim. :)

Participar da primeira turma de um curso em implantação aqui em Macaé é um desafio do jeito que eu gosto: todo dia uma pendenga, algo a se consertar, conversa acalorada, pitaco de todo mundo, e sentimento de construção latente pulsando em nossas mãos. Sinceramente, o nosso bordão
"UFRJ por Amor, Macaé por ideal"
faz coro e sucesso em meu coração.

Mas a vida nos trazem surpresas. Doces e agradáveis surpresas.

Conheci um belo rapaz galante, de olhar inesquecível. Se é que alguém acredita, Querido Diário, foi amor à primeira vista, à primeira carta, ao primeiro beijo, ao primeiro, segundo e terceiro tudo. E é com esse belo Pomelo que eu pretendo partilhar os dias da vida inteira. É isso aí, vou casar!


E quem casa, quer casa. E a casa... é longe daqui. Mas é perto do Fundão!

E eis, que milagrosamente, abre em 201 anos de fundação da Faculdade de Medicina a primeira prova de Transferência! Os céus conspiraram, não parece?!

É nessa que eu vou. Sem medo de ser feliz.

Sobre as saudades... nem falarei por hora. Elas serão muitas e não tão simples.
E agora não é hora pra chororô, é hora de estudar, e muuuito. Estou até cantando uma paródia bem pertinente:

"eEeee meu amigo Guyton...
 EeeeEeeeee meu amigo Guyton & Hall, Guyton & Hall..."

hehe


Abraços Fisiológicos,
Carla Guedes

sexta-feira, 8 de julho de 2011

As Aventuras de uma Auxiliar de Pesquisa

Meu Querido Diário Médico,

Ser Auxiliar de Pesquisa é uma das atividades mais gratificantes que já pude protagonizar. A gente aprende cada coisa, descobre tantos mundos, e desvenda outros tantos! Pricipalmente trabalhando nas pesquisas que colaboro.

Uma das pesquisas se chama "O perfil dos Jovens Usuários de Crack na Cidade de Macaé - RJ", orientado pela professora Erotildes LealA outra que também participo não tem muito um nome definido, mas consiste em confeccionar um mapa da prostituição na cidade de Macaé. Essa é orientada pelo professor e antropólogo Thaddeus Blanchette. Tem uma terceira linha de pesquisa que me aprochego, também sem nome definido e tampouco metodologia, e que consiste na avaliação do aprendizados de alunos no campo da saúde, mais especificamente os alunos que participam do PET- Saúde Mental.

Então, são essas as minhas diversões e objeto de reflexão dos últimos tempos: usuários de drogas, usuários da Rede de Saúde Mental, e profissionais do sexo. É claro que eu pretendo fazer uma apresentação mais aprofundada de cada uma nas nossas próximas conversas...
E vou te contar uma coisa, Querido Diário Médico: não me veria fazendo outras pesquisas!
  
Falando sobre elas, disse em "Ponto Final, parágrafo, letra maiúscula" que o mês de julho continuaria com tarefas médico/ acadêmicas. Pois é, ontem foi uma das missões de pesquisa.
ESX - Partes I e II:

Diário Médico, se você não está acostumado com a nomenclatura, ESF significa Estratégia de Saúde da Família, um serviço da Atenção Básica em Saúde.
Já tínhamos ido, eu e a Bárbara, numa fria tarde da terça feira passada fazer a visita (que me rendeu mais um arranhão no parachoque traseiro do Doroteu, O Desbravador).

Num lugar desconheido, todas as ruas parecem iguais. Lá pelas tantas, a gente resolve se informar. Segundo nossas experiências pregressas, a pergunta chave para se encontrar a ESF do bairro é:
 - Moça, você sabe onde fica o postinho?
Batata! O Postinho ficava ali no final da rua.

Fomos bem recebidas pelas Enfermeiras, mas a apresentação ficou a cargo da Fisioterapeuta da unidade.  Era uma Unidade bem espaçosa até, e bem frequentada pelas criancinhas da estação (problemas do aparelho respiratório são campeões nessa época do ano.)As criancinhas eram bastante simpáticas e brincalhonas, apesar da tosse, catarro, espirro e medo de vacina. A Fisioterapeuta até que era simpática também.

Conversa vai, conversa vem, e abordado os objetivos da visita, marcamos uma nova visita para a semana seguite ( = terça feira dessa semana).

Com a corda no pescoço e de prova até não mais querer, eu e Bárbara resolvemos remarcar para quinta de manhã (ontem). Mas eis que as coisas não são fáceis como se pensa! E como diz Rebecca, "Olha a falha como ocorre!"

Segunda: "Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagem, e estará sujeita a cobrança após o sinal."

Terça: "O celular chamado encontra-se fora da área de cobertura. Tente mais tarde! Obrig..."

Quarta: [mudo]

Resumindo: contato fail.

Sem graça de não ter aparecido na terça, sem graça de chegar de surpresa, além de ter perdido o horário de manhã na quinta e ainda assim se atrasado de tarde, conclusão sensata num dia de frio: Operação ESF abortada. Por hora, só por enquanto (ou até as férias acabarem).

Continua...
Carla Guedes

quinta-feira, 7 de julho de 2011

SIGA - Pra onde mesmo?!

Querido Amigo Diário Médico,

As burocracias universitárias melhoraram, mas algumas delas são de uma idiosincrasia terrivelmente horripilante. Abri feliz e saltitante minha caixa de mensagens, e tinha lá um e-mail da coordenação dizendo que as inscrições em disciplina pelo SIGA já estavam abertas!
 Belezinha!


Passar pela barreira de Pop-ups jé é uma grande vitória! Ponto para mim, que já descobri saudavelmente que elas devem ser desativadas...
Nessa minha aventura, travei um monólogo mais ou menos assim, Querido Diário Médico:


"Login... Senha... Sim, exibir com segurança. Foi. Agora eu escolho o SIGA... Cliquei. Isso, abriu aquele monte de janelas auxiliares. Fechando essa, e essa... Cheguei. Tá, diz aqui que eu entrei a última vez anteontem, às 19:46:01h. Obrigada por me avisar dessa desinformação. Vamos lá. Serviços, Pedido de incrição.... Inscrição em disciplinas, agora... exibir minha grade horária... O quê?!?! Não tem o meu período?! Cadê o 5º período daqui? Eu quero me inscrever logo em Saúde do Adulto, sair desse Ciclo Básico!
Ok, ok, vou tentar um recurso melhor. Vou pesquisar disciplina à disciplina, pra ver se elas foram cadastradas. Epa! Que beleza, foram cadastradas sim! Saúde do Adulto... saúde da crian... Ah! Tem também a Iniciação Científica pra contar créditos! Vou marcar essa também.
Pronto! Clico em enviar, e... O quê? Que códigos são esses? Código B? M? Vamos ver a legenda... Não tenho pré-requisitos e horários coincidentes? Como horários coincidentes? Vou voltar lá.
Saúde do Adulto, segunda, à tarde, terça de manhã... Epa! Saúde da criança também tem segunda de tarde e terça... Ai ai ai... Vou deixar com esses códigos aí. Tomara que não dê encrenca. Antes de fechar, vou dar uma olhadinha no meu CR e o estrago que a última prova fez.. Ui! Que bom! Tá acima de 7..."


Pois é. Foi-se. Inscrição meio feita. E o SIGA é isso aí. Como diz o namorado, "Muda pra UFF que lá você vai ter o IdUFF, o melhor gerenciador acadêmico!" E ainda é gerenciado pelo amigo Xandoco Pipoco. Vamos ver, vamos ver...


De quebra, coloco aqui um videozinho antigo, mas que reflete algumas condutas exarcebadas de impaciência ante à essa maravilha digital chamada SIGA. Sorte minha que eu sou de paz, não faço isso... hehe. Ainda!

PS.: Vídeo permitido para maiores de 18 anos. Censura palavrória. A autora desse diário deixa explícito que não incentiva qualquer manifestação violenta ou xingamentos desnecessários.




Mas, acreditem: pior que o SIGA UFRJ, é o SIGMA UFRJ..!

Paz, Amor, e SIGA,
Carla Guedes

Patrocínio UFRJ

Meu Querido Diário Médico,

Estudar medicina não é barato não. Cada livro, cada pinça, cada jaleco, que o preço parece querer afugentar o pobre... (no fundo tenho minhas dúvidas se estes não são mecanismos elitizadores da formação).


Então, pra estudar medicina, e tendo pedido demissão do meu último emprego, a única coisa que me resta é a escassa poupança e o paitrocínio. A poupança vai à míngua, e é complicado esse paitrocínio... O orgulho sempre fala mais forte.



Como vou contar pra você ao longo do tempo, faço pesquisa desde o primeiro período. E essa é uma ajuda que nunca me falhou. Por um ano recebi bolsa da FUNEMAC. Por mais outro ano recebi bolsa da FAPERJ. E agora quando mais um ano começa, mudei o patrocínio! Agora é a PIBIC UFRJ.


Fazer uma coisa que a gente gosta é bom demais. Mas fazer uma coisa que a gente gosta, e ainda por cima, ajudando a custear a formação, é melhor ainda!

Vou agora correndo pagar as contas...
Carla Guedes



quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ponto final, parágrafo, letra maiúscula

Meu Querido Diário Médico,

Desculpa começar do começo pingando de cara um ponto final. Mas o ponto era necessário até pra você existir. Afinal, como já disseram "O ponto é a ponte".




Sei que é curioso começar uma coisa nova em folha falando de um ponto final antecedente. Mas os pontos finais falam da esperança do parágrafo procedentes. E os pararágrafos procedentes prometeram proceder todos aqui. É por isso que você é tão querido, Diário Médico!


Explico-me com os pontos-finais da vida, pra não ficar sem pé nem cabeça, nem hálux, nem ATM, nem nada... Vou me contendo porque tenho uma queda por histórias sem pé nem cabeça.




O ponto final, como se sabe, é a finalização de uma frase. E no meu caso, a frase é uma fase, é um ciclo: o Ciclo Básico. Terror da formação de qualquer um, o ciclo básico foi tudo aquilo que me avisaram de chato, e mais um pouco. Ele até tinha potencial para ser legal, e eu bem que tentei, juro. As únicas coisas boas foram as Saúdes das Comunidades da vida, e a Semiologia. Mas no fim, foi toalha, mesa, cadeira, tudo jogado pro alto, sem pena.
Resultado dessa jogação: minha primeira prova final da vida!




Sustinho bom pra menininha perfeitinha e altamente recomendada por sua elogiosa carreira estudantil.
- Uma mácula indiciosa logo à essa altura do campeonato?!


O pior (ou o melhor, ainda não consigo avaliar) de tudo isso foi que eu nem fiquei neurótica, ou autoflagelante, ou nada do tipo. No máximo rendeu boas noites de olheiras, garrafadas de mate Leão, e vista cansada.


E aí, Querido Diário Médico, é aí que está o ponto de tudo (não o final, mas o de interrogação): não é o medo não não ser a perfeitinha, ou de parecer burralda, ou de descobrir que eu não tenho jeito pra coisa. A dúvida é: como, o que, e com que profundidade eu tenho aprendido? Será que a cobrança desse conteúdo é que está errada? Será que eu tenho um bloqueio, ou um certo desprezo pelo conhecimento decoreba? Será que eu tenho levado à sério as coisas que são pra serem levadas a sério? Como dosar prazer e dever? E a dúvida Mestra: será que eu serei uma boa profissional no futuro?


Pois é, Querido Diário Médico, a barra não é tão branquinha feito o jaleco da Professora Germana não. Tem uma ralação embutida na dúvida, e uma vontade de não engatar no modo automático pra ser uma Médica-Zumbi, feito os amiguinhos mediquinhos de todos os dias. É preciso viver, é preciso estudar! Mas acima de tudo, é preciso aprender a viver. E essas coisas eu vou descobrindo aos poucos.


Pra ir tentando dialogar isso com você, Querido Diário Médico, aqui eu vou contando um pouco das minhas frustrações, alegrias, dores e maravilhas dessa caminhada de formação. Vou contando um pouco do que eu tenho feito, um pouco das coisas que observo, e um pouco do que vai me dando na telha, pra ver se a gente vai se entendendo por aqui. Só tem uma coisa importante, Querido Diário. Já que você é um Diário Médico, creio que o Código de Ética da categoria também se aplica à você, não é mesmo?! hehe


Ah! Queria dedicar essa nossa conversa à oito pessoas bem importantes, já que foram à partir de conversas com elas que eu tenho o prazer de conversar com você, Querido Diário.


Quatro delas fazem parte das aventuras da formação: Os 3 Cavaleiros do Apocalipse (eu sou a 4ª) e a 5ª Cavaleira de honra:

          • Morte - Dra. Lara;
          • Guerra - Dr. Menezes;
          • Fome - Dr. Be;
          • 5ª Cavaleira Sem-Nome - Futura Dra. Keli.
(e eu sou a Peste).


Outro personagem dessa epopéia é o Mestre Paulodore,(também conhecido como Paulo Ovelhinha) por qual nossas batalhas propagam suas benqueranças;

Tem também a tão recém chegada, mas igualmente recém querida a Professora Katheen. Foi numa tarde quase desanimadora de Tutoria que ela me fez ver o que eu chamaria quase de "O Sentido da Medicina";

Sempre amado e sempre importante (ao qual também honro essa homenagem) é o meu companheiro mais que querido, com quem compartilho muitas dessas felicidades e dúvidas da vida inteira: o Namorado;



E por último, e não menos importante, é a Mestra Doutora pra toda vida, a querida Erotildes, que me ensinou muito do pouco que eu sei. Devo muito à ela, em tudo.


Vou ficando por aqui, que já vai tarde a hora. As oito horas de sono que apregoa a boa saúde já foram pro espaço. Não é porque o Ciclo Básico acabou que estamos de férias... Muita coisa em prol da Medicina ainda vai rolar no mês de julho.

Solenemente e sonolentamente,
Carla Guedes